05 August 2020

TRONCO DE CERCA


De mim mesmo…, não encontro,
pontiaguda melancolia
Perdi.
- O que era mesmo?
O futuro.


Não tem mais aquela prateleira empoeirada,

mais...

Só chão de terra, batida seca,
que não leva mais para caminho algum...

Medo, medo, medo
-De quê, rapaz?
-Ah!
-Há, a própria coragem
para procurar rumo num ponto cardeal desconhecido.
Quem quer caminho pronto e não enxada,
Lambe o chão e grita
Põe para fora o…,
deixa…,
não…,
deixa!
Conto (te) do que foi e dói.

Pois.

Não há mais a máquina para o futuro
Ah..! Máquina, né!?

Esse muro que não quer chegar...

Não existe mais magnetismo que guie
ou luz,
o seu olhar...
A unha risca,
É madeira, de lei que resiste...(?)
Língua gira enquanto
O dente tranca.
Tudo é boca e baba.
Um grito e lâmina no escuro
Engano e sabotagem.
a vela e o clima…

Queima.

Seu brinco enferrujou na orelha?
Paredes sujas,
A garrafa quebrada.
Pés, um sangrar de vinho.



Que som é esse?
O tempo passa rápido não é mesmo?

Ponha (se) a rezar
Mas acende antes aquele que sua mão apertou.
Máquina, hum! Já não funciona,

Mais.

O melhor da fumaça que embaça, oculta
- Peito que murcha...
- Que não seja medo, só coragem virada!

Co-ra-jem
A posse do que o tato não pega

E é livro empoeirado
é raiva e surto em mudo.
- Por favor pode trocar o canal?




Para escutar enquanto lê: Retiro das pedras, Phonocoria



Em azul metálico

pedal de bicicleta é pedivela . é capim que coça a pele e roda que bate em toco como quem diz: Para ! osso quebra coração dispara  suor esfr...