Menina que exalava flores ...
Perdia-se sempre em noites.
-cheiro, giros, arrepio
*
Fazia pelo gosto de diminuir a velocidade da luz ,
de modular os sons das vozes que ouvia,
de criar os amigos quando lhe convinha...
e tinha uma sabedoria etílica das combinações que fazia
rimando anáguas com "hardcore" ao entornar do volume que a continha.
Para ela não colava a sinestesia, dominava a química das misturas heterogêneas
das cores mudas(,) dos holofotes baratos de um palco improvisado, seu show particular.
Procurava em um mundo interior um voo que a levasse,
não, não era nada de alma ou bagaço ,
apenas pensamentos abduzidos do qual lhe serviam pedaços de papel,
os tons das paredes de seu quarto pintava sua vida.
Por não temer a condenação da solidão
pagava o preço, mesmo que caro, do couvert da existência e,
embora não se sentisse bem com o cheiro de solventes,
sonhava com a distante Faculdade de Farmácia
ao dormir ninada pelo som de uma ventoinha empoeirada
Ah! Menina de perfumes e anéis benzênicos...
3 comments:
Êêê, Poeta! Que Menina danada!Não ouvi ao som do Raul mas valeu!
Beijos
Essa daí era danada mesmo! Fico pensando se conseguiu ingressar no curso superior :) Um abração Sandra!
Gostei deste texto! Gostei dessa menina dependente sons e cheiros!
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